Aquela paisagem está encharcada, com som fresco a águas vivas. E realmente o rio Coja leva muita água. Numa plataforma encravada a meio da encosta acidentada vive um casal de moleiros, a escassos 30 metros do rio e da sua fonte de rendimento.
Devem acordar sempre lavados! Ainda que as águas limpem os males de muita coisa. Talvez isso explique a sua cor acastanhada.
Lá chegámos com a taleiga de milho ao moinho.
-"olhe que não quero farinha já feita. queria mesmo a farinha do meu milho; é já a pensar no folar da páscoa e se for farinha mais de trás não dá".
-"atão antes de segunda-feira não venha cá, porque tenho aquilo lá abaixo tudo cheio de água."
A água molda os hábitos do moleiro e só resta a aceitação; Abre-se então espaço para tratar de outras lides, como por exemplo a poda. Corta-se com o inútil. O Inverno convida a essa limpeza, ou não chovesse tanto.
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