-"vamos lá ver se a menina aponta isto bem... vá! eu espero que pegue num lápis e papel."
peguei no meu caderno de campo e comecei a escrever:
-"entre o catarasto e as quelhas há uma grade e um cambão de oiro, que o há-de achar maria em gadelha, ou pata de ovelha ou ponta de relha."
insiste o sr. antónio, mas ao que parece não é bem assim que reza a história. o catarasto é parte de uma história sim, mas dos tempos da 1ª grande guerra; foi uma mansão de um antigo patente de 1917, de onde muita coisa desapareceu (...)
-"entre o pai moiro e as quelhas há 1 grade e 1 cambão de oiro, que o há-de achar maria em gadelhas, ou pata de ovelha ou ponta de relha." esta foi a versão que vários ventos sopraram.
o pai moiro é conhecido pela sua mina onde cabia 1 homem a cavalo e que podia andar por ela dentro pelo menos 5 metros, possuia 1 sala onde se podia jantar; até lá encontraram uns "tamancos" e depois ainda há as "campas onde enterravam os mouros."
as quelhas ainda deixaram o que desejar, mas foi/é entre eles, no são martinho, numa eira longa que estaria o maior haver(?)
-"era onde estava o povo! antigamente as pessoas viviam ali." dizem os mais ousados.
quantas pessoas ali se imaginaram, ao brotarem do chão pedras trabalhadas e alicerces esquecidos. quantas histórias já foram contadas e quantas mais foram imaginadas?
há quantos séculos se repetem os mesmos gestos? o que temos que aprender?
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