Um Blog dedicado ao Desenvolvimento Sustentável e à sua articulação com o Património Cultural, seja ele material ou imaterial. Procuramos a ligação entre o Património Histórico, Arqueológico, Arquitectónico e Etnográfico com a sustentabilidade e a forma como eles podem constituir juntos uma ponte para a qualidade de vida e bem estar.
Queremos explorar de que forma a preservação de uma identidade cultural pode ser algo que nos faça sentir em casa e que nos faça rever no sítio em que vivemos, sempre em contínuo com o desenvolvimento local.
E não só: queremos descobrir que outras relações podem existir, para que o desenvolvimento (especialmente o local) se experimente, sem esquecermos quem somos, pelo do que já construímos no passado.
Por fim, sem procurar ser gananciosos, queremos que seja reconhecido o verdadeiro valor do património cultural enquanto 4º pilar da sustentabilidade, para que nos desenvolvamos sustentavelmente sem deixarmos de ser nós próprios, sem perder aquilo torna único um Local, uma Região, um País e uma Europa.
5 comentários:
Parabêns pelo espaço Ana. Já adicionei aos meus favoritos e virei cá fazer mais visitas para saborear o teu espaço.
Beijinhos
Marisa
é assim mesmo!!! Parabéns Ana pela iniciativa. vou acompanhar o teu blog com muita expectativa.
beijo
Susana
Se não gostamos de nós, quem gostará?
Sou do Castelo de Ferreira de Aves. O pelourinho, a pedra foral inserida na parede da casa do meu tio Domingos assinada pela mãe d D. Afonso Henrique, com as regras de caça, terras, juntas de vacas, tributos etc... mais as ruinas de casas de pedras toscas na serra e onde pastoreei o rebanho dos meus pais, faziam com que após a hora do almoço da Escola eu fugia para estes recantos e campos dos meus avós como que um espírito me comanda-se. Fiz isso 4 vezes, o dificil era ao anoitecer quando pesava sobre mim um tremendo medo de apanhar.. Acho que os meus ancestrais me atraiam de uma forma tão intensa que eu não podia resistir... O Castelo de Ferreira de Aves é realmente um sitio arqueológico, acho que de poucos conhecido... É linda a minha terra que preparou o meu DNA com sangue de tantos culturas e já existia 27 anos antes de Roma...
Por isso, eu estou no Brasil desde 1958, agora com 64 anos e jamais te esqueci... Criei raízes aqui, e deixei o meu coração na minha aldeia branca de neve, vista para a Serra da Estrela no verão, do patim da minha casa, ao lado do pelourinho (Património arquitetónico)das repartições públicas e cadeia que hoje pertencem aos meus parentes paternos. Queria montar a minha árvore geneológica para ver de onde vieram as terras e as casas públicas hoje nossas..
Beijos no coração dos portugueses em geral em especial aos antigos habitantes, fenicios. gregos, cartagineses, romanos, godos, visogodos, celtas, celtíberos, mulsumanos, mouros, castelhanos até os NEANDERTAL o homem da europa na era do gelo... ancioso por saber mais e mais sobre tudo o que carregamos no DNA, trabalho, honestidade, simplicidade, valente, triste (fados).. Judeus queimados... mouros assassinos.. tristeza do fado, certamente por muito amarmos e por muito termos perdido os nossos amores nas invasões da Península Ibérica.. Não sei se fui invasor ou invadido, só sei que o meu amor por Portugal é uma paixão.. Por opção de meus pais, fui tirado ainda menino do lugar de onde nunca deveria ter saído... Hoje, ainda cantam o pintasilvo, o melro, as carriças, as escreveiras, os gaios e ainda se caçam coelhos, lebres e perdizes.. ainda se pescam enguias no rio do Chão da Ribeira e flui a água do rego das janelas... Serra de São Mathias de onde o sol surge na alvorada e põe-se no Mortório.. Ainda tem raposas e lobos, teixugos e ouriços cacheinos... figos, pessegos, maçãs, peras, ameixas, cerejas de Abril, ginjas, sanchas, tortulhos e castanhas.. Há como lembro da cabana onde fazia os magustos e assava tortulhos em Outubro e Novembro...
É somente saudade... Um abração a todos os amigos de Portugal..
Ana parabéns pelo espaço. Portuguêses devem se orgulhar de o serem.... Aguardo a minha publicação anterior.
bjs
Magalhães
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