Ora aqui vai um pequeno trabalho que fiz no âmbito de uma especialização em Agenda 21 Local e Desenvolvimento Sustentável pela ESBUCP. Este trabalho tinha o intuito de testar os conhecimentos sobre formas de vida sustentável. Era um total de 44 perguntas para escolher 5, sem exceder 1 página A4. Como é claro não resisti em responder sobre património cultural. Pode ver o teste na integra em http://www.theecologist.org/pages/archive_detail.asp?content_id=274
Pena é estar em Inglês.
8 - How many of the vegetables in your fridge could have been grown within 30 miles at this time of year (the ideal distance according to the National Association of Farmers’ Markets)?
No meu frigorífico consigo encontrar várias frutas e legumes que podiam ter sido cultivados mesmo aqui ao lado de casa e colhidas nesta época do ano. É o caso da maçã Bravo, Pêra, Dióspiro, Abóbora, Alface, Cenoura, Couve Galega, Alface e Nabo.
14 What was on the site before your home was built there?
41 What was the predominant human activity in your area 100 years ago? 500? 1000?
P. 14 e 41 - Há cerca de uma dúzia de anos, aquando da construção da urbanização da Prelada, sítio onde vivo, existia uma grande Quinta, sua homónima. Tem casa palaciana barroca construída em 1758, projectada por Nicolau Nasoni, arquitecto responsável por grandes obras arquitectónicas por toda a cidade. Os brasões da quinta serviram posteriormente de inspiração aos casarios da Rua dos Castelos. Além da casa, Nasoni foi responsável pelos jardins com labiríntico de bucho (o maior da península). No início do século XX, a quinta foi doada à Santa Casa da Misericórdia, que cedeu o espaço para ali se instalar a Sociedade Invicta Filmes que lá funcionou até 1924, chegando a servir de pano de fundo para o cinema mudo português (Amor de Perdição, 1921). Preserva ainda uma densa mancha florestal de árvores centenárias onde funcionou o parque de campismo da cidade. A urbanização e a construção da Via de Cintura Interna fragmentaram a Quinta, porém ainda é zona muito agrícola (hortícola) e até pecuária. É uma característica peculiar de muitas cidades portuguesas esta coexistência entre o mundo rural e o mundo urbano.
P. 41 - No que toca à freguesia de Ramalde em geral, o mundo rural não foi tão resistente. Não existe registo anterior ao século XIII e em épocas medievais encontramos registo dos primeiros pequenos casais rurais; eram arrabaldes que abasteciam o Porto, núcleo urbano há muito. Assim foi durante séculos, mas nas últimas décadas o Porto sofreu uma grande pressão demográfica, resultante do desenvolvimento económico, tecnológico e industrial. Viu o seu perímetro urbano crescer exponencialmente. A área que agora constituí a freguesia de Ramalde, nos anos 50, era em grande parte muito periférica e disponível e viu nascer a zona industrial, que ocupou o espaço não urbanizado entre Matosinhos e Porto. Um pormenor curioso era a produção massiva de manjerico que existiu para dar resposta à grande procura do S. João. Mais tarde bairros sociais como Francos, Ramalde e Viso surgiram, o que confirma a dita periferia. No entanto a pressão urbana foi tal que algumas dessas industrias foram mais recentemente relocalizadas, umas por falta de espaço, outras por serem demasiado “sujas” para estarem tão próximas das populações (exemplo dos Têxteis A.Laranjo).
30 Where is the nearest bus stop to your house?
P. 30 - A paragem de autocarro mais próxima cá de casa encontra-se a sensivelmente 300 metros de distância. É servida pelos autocarros com o número 206 e 503 e com frequência de 6 em 6 minutos em horas de ponta. Mas andando apenas mais 100 metros apanha-se o Metro, mais sustentável, muito mais rápido e simples, com acesso a grande parte da cidade e área metropolitana.
43 If money became worthless, how many days at home could you survive?
Cá em casa não temos por hábito comprar grandes quantidades de comida. Optamos geralmente por produtos frescos comprados semanalmente. Utilizamos alguns enlatados, mas apenas quando não há alternativas. Congelamos a carne e peixe, mas não em grandes quantidades. Se o dinheiro deixasse de ter valor sobreviveria cerca de 1 a 2 semanas em casa, caso continuássemos ao mesmo ritmo de consumo. No entanto se fizer um cálculo considerando uma adaptação ao novo contexto, recorrendo a novos hábitos alimentares, talvez conseguisse fazer os mesmos alimentos render o dobro, ou mais, dependendo da gravidade da situação. Para além disso recorria aos bens materiais que tenho cá em casa e tentava utilizá-los como moeda de troca.
Porto, 2 de Outubro de 2007
Pena é estar em Inglês.
8 - How many of the vegetables in your fridge could have been grown within 30 miles at this time of year (the ideal distance according to the National Association of Farmers’ Markets)?
No meu frigorífico consigo encontrar várias frutas e legumes que podiam ter sido cultivados mesmo aqui ao lado de casa e colhidas nesta época do ano. É o caso da maçã Bravo, Pêra, Dióspiro, Abóbora, Alface, Cenoura, Couve Galega, Alface e Nabo.
14 What was on the site before your home was built there?
41 What was the predominant human activity in your area 100 years ago? 500? 1000?
P. 14 e 41 - Há cerca de uma dúzia de anos, aquando da construção da urbanização da Prelada, sítio onde vivo, existia uma grande Quinta, sua homónima. Tem casa palaciana barroca construída em 1758, projectada por Nicolau Nasoni, arquitecto responsável por grandes obras arquitectónicas por toda a cidade. Os brasões da quinta serviram posteriormente de inspiração aos casarios da Rua dos Castelos. Além da casa, Nasoni foi responsável pelos jardins com labiríntico de bucho (o maior da península). No início do século XX, a quinta foi doada à Santa Casa da Misericórdia, que cedeu o espaço para ali se instalar a Sociedade Invicta Filmes que lá funcionou até 1924, chegando a servir de pano de fundo para o cinema mudo português (Amor de Perdição, 1921). Preserva ainda uma densa mancha florestal de árvores centenárias onde funcionou o parque de campismo da cidade. A urbanização e a construção da Via de Cintura Interna fragmentaram a Quinta, porém ainda é zona muito agrícola (hortícola) e até pecuária. É uma característica peculiar de muitas cidades portuguesas esta coexistência entre o mundo rural e o mundo urbano.
P. 41 - No que toca à freguesia de Ramalde em geral, o mundo rural não foi tão resistente. Não existe registo anterior ao século XIII e em épocas medievais encontramos registo dos primeiros pequenos casais rurais; eram arrabaldes que abasteciam o Porto, núcleo urbano há muito. Assim foi durante séculos, mas nas últimas décadas o Porto sofreu uma grande pressão demográfica, resultante do desenvolvimento económico, tecnológico e industrial. Viu o seu perímetro urbano crescer exponencialmente. A área que agora constituí a freguesia de Ramalde, nos anos 50, era em grande parte muito periférica e disponível e viu nascer a zona industrial, que ocupou o espaço não urbanizado entre Matosinhos e Porto. Um pormenor curioso era a produção massiva de manjerico que existiu para dar resposta à grande procura do S. João. Mais tarde bairros sociais como Francos, Ramalde e Viso surgiram, o que confirma a dita periferia. No entanto a pressão urbana foi tal que algumas dessas industrias foram mais recentemente relocalizadas, umas por falta de espaço, outras por serem demasiado “sujas” para estarem tão próximas das populações (exemplo dos Têxteis A.Laranjo).
30 Where is the nearest bus stop to your house?
P. 30 - A paragem de autocarro mais próxima cá de casa encontra-se a sensivelmente 300 metros de distância. É servida pelos autocarros com o número 206 e 503 e com frequência de 6 em 6 minutos em horas de ponta. Mas andando apenas mais 100 metros apanha-se o Metro, mais sustentável, muito mais rápido e simples, com acesso a grande parte da cidade e área metropolitana.
43 If money became worthless, how many days at home could you survive?
Cá em casa não temos por hábito comprar grandes quantidades de comida. Optamos geralmente por produtos frescos comprados semanalmente. Utilizamos alguns enlatados, mas apenas quando não há alternativas. Congelamos a carne e peixe, mas não em grandes quantidades. Se o dinheiro deixasse de ter valor sobreviveria cerca de 1 a 2 semanas em casa, caso continuássemos ao mesmo ritmo de consumo. No entanto se fizer um cálculo considerando uma adaptação ao novo contexto, recorrendo a novos hábitos alimentares, talvez conseguisse fazer os mesmos alimentos render o dobro, ou mais, dependendo da gravidade da situação. Para além disso recorria aos bens materiais que tenho cá em casa e tentava utilizá-los como moeda de troca.
Porto, 2 de Outubro de 2007
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